terça-feira, 29 de março de 2011

Iron Maiden faz show para entrar na história

Os metaleiros levantaram, sacudiram a cabeleira e deram a volta por cima.

Quem retornou à HSBC Arena na noite passada para enfim testemunhar o poder do Iron Maiden enfrentou com coragem horas de engarrafamento pela cidade em pleno rush de segunda-feira. Mas, já nos primeiros segundos de 'Sattelite 15... The Final Frontier', nem se lembrava mais do colapso da grade em frente ao palco que, na véspera, fez com que o show fosse cancelado por falta de segurança. No banquete de duas horas para ouvidos e olhos, foram servidas 16 músicas (5 do novo álbum, 'The Final Frontier'), para 12 mil pessoas, cerca de mil e menos que na noite anterior.


O incidente da noite de domingo só foi lembrado após a quarta música ('The Talisman'), quando o próprio vocalista, Bruce Dickinson, deu a primeira parada para conversar com os fãs. Em tom irônico, ele criticou a desorganização, inédita após nove shows em solo carioca: "Como vocês podem ver, nós temos aqui uma nova cerca. É linda, brilhosa e custou caro. Mas vocês não tiveram que pagar, nem nós! Algum fdp pagou!", disparou.

Bruce, então, agradeceu a quem conseguiu voltar à Arena, e foi ovacionado, antes de prosseguir com Steve Harris (baixo), Adrian Smith, Janick Gers, Dave Murray (guitarras) e Nicko McBrain (bateria).

Gota em tsunami

Um dos momentos mais emocionantes foi antes da clássica 'Blood Brothers' ('Irmãos de Sangue'), quando fez o problema enfrentado pelos cariocas, domingo, parecer uma gota numa tsunami. Bruce lembrou do terremoto do dia 11, no Japão, que fez com que as duas apresentações da banda naquele país fossem definitivamente canceladas.

"Nós viajamos por todo o mundo e às vezes esquecemos do quanto temos sorte. Vocês são muito sortudos por viverem no Brasil. O Iron Maiden tem fãs em todos os lugares, não importa onde. Na Nova Zelândia e no Japão, onde houve terremotos, no Egito, onde há confrontos violentos. Não importa se eles são negros, brancos, muçulmanos, árabes, cristãos. Não importa o que vocês são, vocês são fãs do Maiden. Essa música vai para todos os que estão lá e para vocês, que foram tão legais ontem e voltaram hoje. Nos somos irmãos de sangue!"

No palco - pequeno em comparação a outras apresentações do Maiden no Brasil - o cenário era de uma nova espacial com céu estrelado. Ao fundo, painéis que eram trocados a cada música, mostrando diferentes fases de Eddie, o monstro mascote da banda. Em "The evil that men do", o próprio Eddie, um robozão de 3 metros, entrou no palco e até 'tocou' guitarra. A versão futurista do mascote era uma mistura de Predador com o Abominável, inimigo do Hulk. Mais impressionante ainda foi outro Eddie, gigantesco, de uns 8 metros, que apareceu por trás do palco durante "Iron Maiden", com olhos vermelhos desafiadores.


O bis teve "The number of the beast", "Hallowed be thy name" e "Running Free". A esperança dos fãs de que houvesse alguma surpresa para compensar a tensão da noite anterior foi em vão. O set list foi cumprido à risca, e a clássica "Run to the hills", pedida em coro pelos milhares de roqueiros no final da apresentação ficou de fora.

Mas nada que fizesse ninguém se exaltar. Ao final do show, o que se via era um público totalmente pacífico e satisfeito deixando a Arena. Grupos de adolescentes, casais de meia idade, pais com filhos - alguns de uns 6 anos de idade. Todos irmãos de sangue.

Fonte: O Dia/Terra

Um comentário:

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