domingo, 18 de abril de 2010

Holiness: O Metal que vem do Sul

O Estado do Rio Grande do Sul foi celeiro para importantes nomes da música brasileira. Tanto da MPB e música regional - como Kleyton & Kledir e Renato Borghetti - quanto do Pop Rock feito nos anos 80 e 90 - como Engenheiros do Hawaii e Nenhum de Nós.

Mas o Metal também tem seu espaço e seu público cativo na região. Basta lembrar de uma das maiores bandas de Metal do país, o Krisiun, e ver as agendas de shows realizados na capital gaúcha. Atualmente quase toda banda de médio e grande porte que vem ao Brasil toca em Porto Alegre.

Do interior do Estado, da cidade de Erechim, vem a banda Holiness. O grupo é formado por Stéphanie Schirmbeck (voz), Cristiano Reis (bateria), Fabrício Reis (guitarra), Luciano Dorneles (guitarra) e Hércules Moreira (baixo). No som apresentado pelo grupo no álbum de estréia, “Beneath the Surface”, é possível encontrar elementos de Metal, Hard e Gothic Metal. A vocalista Stéphanie Schirmbeck respondeu algumas perguntas falando sobre a carreira e os planos futuros do grupo. Confira a seguir:

O Holiness é uma banda relativamente nova, com dois anos de carreira. Pra começar você poderia contar como foi o início da banda, como vocês se conheceram e começaram a tocar juntos?

Stéphanie Schirmbeck: O Cris e eu nos conhecemos há 10 anos. Começamos a namorar em 2006, e por termos cada um a sua banda, nas horas vagas gostávamos de compor juntos. Mais tarde chamamos o Fabrício, irmão do Cris e guitarrista, para ajudar nos arranjos na hora de gravar a nossa demo. O Hércules todos conhecíamos, pois ele sempre fez parte da cena musical de Erechim.

A banda foi formada em Erechim, no interior do Rio Grande do Sul. Atualmente a capital gaúcha faz parte da rota da maioria das turnês internacionais de Rock e Metal que desembarcam no Brasil. De algum modo isso ajuda as bandas e a cena do Estado?

Stéphanie: No sentido de fazer com que surjam mais bandas nesse estilo sim! É realmente bom não precisar ir a São Paulo quando se tem um show de rock ou metal, e Porto Alegre realmente abraçou esse desafio. O que falta aqui no Sul é uma estrutura para as bandas que são daqui, e disso sentimos falta.

Atualmente ainda é necessário se mudar para São Paulo, ou talvez o Rio de Janeiro, para ter maior visibilidade e mostrar o trabalho para mais pessoas?

Stéphanie: Exato! Estamos nos mudando pra São Paulo em breve, exatamente por esse motivo! Não tem como fugir disso se você quer realmente levar seu projeto adiante. Ainda mais uma banda de metal.

Vocês lançaram recentemente o álbum de estréia, “Beneath the Surface”, que é um disco relativamente curto, com 40 minutos e 10 faixas, sendo uma introdução instrumental e um cover. Teve músicas que ficaram de fora? Como foi a escolha do repertório?

Stéphanie: Na verdade acho que é uma tendência cada vez maior o lançamento de CDs com repertório menor, pela pirataria e pelos custos de produzir um CD com mais músicas. Na verdade somente colocamos aquelas músicas que achávamos que poderia acrescentar algo ao CD e creio que conseguimos passar nossa mensagem.

Vocês gravaram dois covers: “Uninvited”, da Alanis Morissette, que está no álbum, e “Torn in my Side”, do Eurythmics, que será lançado como bônus no exterior. São artistas que não tem muita relação com o Metal. Isso reflete os gostos pessoais da banda? O que você costuma escutar em casa?

Stéphanie: O cover da Alanis com certeza foi escolhido com muito carinho, pois adoramos ela! Eu comecei a tocar violão aos 16 anos para poder tocar as músicas dela. E os guris da banda também são fãs. Em casa escutamos do pop rock ao metal mais pesado, desde Cranberries até Pantera. Como músicos é nossa obrigação escutar vários estilos.

Ouvindo o CD dá pra perceber que o teclado tem um espaço importante nas músicas do Holiness. Em estúdio esse trabalho foi feito pelo Fabio Laguna, do Hangar. Vocês pretendem agregar um novo integrante como tecladista ou pensam em usar ‘samplers’ nos shows? Porque geralmente a diferença é bem grande entre uma situação e outra.

Stéphanie: Os arranjos já estavam “rabiscados" quando o Laguna os gravou. Ele veio para o Sul e ficou dois dias com a banda trabalhando em cima do que queríamos. Não pretendemos ter um tecladista, pois tantas bandas, inclusive bandas grandes, usam samplers, nos acostumamos já. Nós fizemos algumas adaptações nos arranjos e com certeza não será algo que ficará faltando.

E como estão as negociações para o lançamento do álbum no exterior? Isso já está acertado?

Stéphanie: Não posso falar nada a respeito por enquanto, pois não temos nada acertado.

Com o álbum lançado o próximo passo é a turnê. Vocês já têm shows agendados?

Stéphanie: Já estão aparecendo propostas, só que sabemos que antes de cair na estrada precisamos trabalhar na divulgação da banda, por isso estamos nos mudando pra São Paulo, aí então começaremos os shows, creio que dentro de um mês ou dois.

Quando uma banda nova surge é normal que grupos já conhecidos sejam citados como referência do estilo de som que os novatos fazem. Se vocês tivessem que explicar desse modo como é o som do Holiness, o que diriam? Mas não vale dizer que “nosso som é simplesmente o som do Holiness”...

Stéphanie: Uhm, que difícil. Cada um diz que somos parecidos com uma banda diferente. Mas acho que é uma mistura de metal com hard rock e um pouquinho de gothic metal.

Agradecimentos ou recados?

Stéphanie: Gostaria de fazer um convite a todos, que compareçam aos nossos shows, que serão em breve e agradecer a força que o público do metal está nos dando! (www.myspace.com/officialholiness/).
Abaixo um pouco da banda. Uma entrevista para a o Canal RBS TV, e um clip muito legal do Holiness.


Fonte: Território da Música, YouTube.

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