Neste sábado (8), o álbum Let it be, que pôs um ponto final na trajetória dos Beatles, completou 40 anos. Em 1966, a banda tomara a decisão de deixar os palcos para se concentrar em seu trabalho de estúdio. No entanto, dois anos depois, após a tortuosa gravação do disco conhecido como álbum branco, Paul McCartney começou a criar um projeto, inicialmente chamado Get Back, que pretendia levar a banda de volta às origens.
A ideia de McCartney consistia na captação de um filme durante a preparação de novas músicas que pudessem ser apresentadas também ao público no palco, ao vivo.
Os Beatles iniciaram o projeto, mas os problemas que tinham dificultado o trabalho durante a gravação do Álbum Branco, não demoraram a ressurgir. A presença do casal John Lennon e Yoko Ono no estúdio, a morte do agente do grupo, Brian Epstein, que deixou o grupo sem representação nem liderança, e o individualismo cada vez maior de todos os membros da banda fizeram da gravação de Get Back uma "experiência desagradável", como descreveu o produtor George Martin.
Lennon e McCartney não pareciam mais ter interesse em compor juntos e o ambiente estava tão carregado que George Harrison abandonou a banda durante dez dias. Apenas a presença do tecladista Billy Preston, que gravou algumas músicas, conseguiu acalmar os ânimos durante algum tempo. No entanto, o registro em filme das sessões deixa claro que McCartney, Lennon, Harrison e Starr já não funcionavam como banda.
O projeto foi abandonado temporariamente para a gravação de Abbey Road e só foi retomado no começo de 1970 pelo produtor americano Phil Spector, conhecido por sua característica muralha de som (wall of sound). Foi nessa época, os Beatles fizeram o último de sua carreira como conjunto, no terraço do edifício da Apple Corps no número 3 de Savile Row, a rua dos alfaiates em Londres. No estúdio, Spector acrescentou o show ao material gravado um ano antes e fundos de orquestras e coros. O disco resultante, o único não produzido por George Martin, não agradou McCartney, que tinha concebido o projeto como um álbum ao vivo (anos depois McCartney lançava Let it be... Naked, uma reedição com sua própria, e mais crua, versão do material original).
O projeto, idealizado como Get Back, uma volta ao rock and roll e aos shows que tinham caracterizado a banda no seu início, terminou como o resignado Let it Be e marcou a separação dos quatro de Liverpool.
McCartney tinha decidido deixar a banda no dia 10 de abril de 1970, uma semana antes do lançamento de seu primeiro trabalho solo, e anunciou a dissolução do grupo em uma entrevista na qual descartava voltar a trabalhar com Lennon. Ele transgrediu o pedido de seus companheiros para que atrasasse o lançamento de seu novo disco (muito próximo ao lançamento de Let it be)e se antecipou a Lennon, que seis meses antes já tinha comentado sua intenção de deixar os Beatles, mas que não a tornou pública porque estava esperando para solucionar alguns problemas de representação.
"Sempre busquei uma desculpa para deixar os Beatles, mas não tinha coragem. A semente estava plantada desde que deixamos os palcos, mas me assustava a ideia de abandonar o palácio", Afirmou Lennon dez anos depois do fim do grupo.
Let it be conseguiu ser o número um no ranking da Billboard durante três semanas e a trilha sonora do filme levou um Oscar. A crítica, no entanto, não acompanhou o álbum de despedida dos Beatles, que o crítico da revista New Musical Express, Alan Smith, definiu como "um epitáfio encardido, uma lápide de cartolina, um final triste e mesquinho para um grupo que mudou a música pop".
A ideia de McCartney consistia na captação de um filme durante a preparação de novas músicas que pudessem ser apresentadas também ao público no palco, ao vivo.
Os Beatles iniciaram o projeto, mas os problemas que tinham dificultado o trabalho durante a gravação do Álbum Branco, não demoraram a ressurgir. A presença do casal John Lennon e Yoko Ono no estúdio, a morte do agente do grupo, Brian Epstein, que deixou o grupo sem representação nem liderança, e o individualismo cada vez maior de todos os membros da banda fizeram da gravação de Get Back uma "experiência desagradável", como descreveu o produtor George Martin.
Lennon e McCartney não pareciam mais ter interesse em compor juntos e o ambiente estava tão carregado que George Harrison abandonou a banda durante dez dias. Apenas a presença do tecladista Billy Preston, que gravou algumas músicas, conseguiu acalmar os ânimos durante algum tempo. No entanto, o registro em filme das sessões deixa claro que McCartney, Lennon, Harrison e Starr já não funcionavam como banda.
O projeto foi abandonado temporariamente para a gravação de Abbey Road e só foi retomado no começo de 1970 pelo produtor americano Phil Spector, conhecido por sua característica muralha de som (wall of sound). Foi nessa época, os Beatles fizeram o último de sua carreira como conjunto, no terraço do edifício da Apple Corps no número 3 de Savile Row, a rua dos alfaiates em Londres. No estúdio, Spector acrescentou o show ao material gravado um ano antes e fundos de orquestras e coros. O disco resultante, o único não produzido por George Martin, não agradou McCartney, que tinha concebido o projeto como um álbum ao vivo (anos depois McCartney lançava Let it be... Naked, uma reedição com sua própria, e mais crua, versão do material original).
O projeto, idealizado como Get Back, uma volta ao rock and roll e aos shows que tinham caracterizado a banda no seu início, terminou como o resignado Let it Be e marcou a separação dos quatro de Liverpool.
McCartney tinha decidido deixar a banda no dia 10 de abril de 1970, uma semana antes do lançamento de seu primeiro trabalho solo, e anunciou a dissolução do grupo em uma entrevista na qual descartava voltar a trabalhar com Lennon. Ele transgrediu o pedido de seus companheiros para que atrasasse o lançamento de seu novo disco (muito próximo ao lançamento de Let it be)e se antecipou a Lennon, que seis meses antes já tinha comentado sua intenção de deixar os Beatles, mas que não a tornou pública porque estava esperando para solucionar alguns problemas de representação.
"Sempre busquei uma desculpa para deixar os Beatles, mas não tinha coragem. A semente estava plantada desde que deixamos os palcos, mas me assustava a ideia de abandonar o palácio", Afirmou Lennon dez anos depois do fim do grupo.
Let it be conseguiu ser o número um no ranking da Billboard durante três semanas e a trilha sonora do filme levou um Oscar. A crítica, no entanto, não acompanhou o álbum de despedida dos Beatles, que o crítico da revista New Musical Express, Alan Smith, definiu como "um epitáfio encardido, uma lápide de cartolina, um final triste e mesquinho para um grupo que mudou a música pop".
Fonte: Terra, EFE e YouTube
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