segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Chega às lojas o relançamento das obras da Legião Urbana

Os fãs da Legião Urbana poderão completar suas coleções de trabalhos do grupo liderado por Renato Russo a partir de hoje (segunda 25), quando chega às lojas o relançamento especial da discografia da banda.
Os oito álbuns de estúdio lançados pela Legião serão vendidos de três formatos diferentes: embalagem digipak individual, com versões remasterizadas nos estúdios Abbey Road de Legião Urbana (1984), Dois (1986), Que País é este (1987), As Quatro Estações (1989), V (1991), Descobrimento do Brasil (1993), A Tempestade (1996) e Uma Outra Estação (1997). Tudo vem reeditado com os encartes originais, além de dezenas de fotos inéditas e textos exclusivos. Cada álbum será vendido separadamente com o preço sugerido de R$29,90.
Quem quiser adquirir todos ao mesmo tempo pode comprar a caixa de luxo com os oito álbuns, mas terá que correr, pois serão colocadas à venda apenas duas mil unidades, a R$350 (preço sugerido).
Seguindo a tendência internacional de relançamentos em vinil, os álbuns A Tempestade e Uma Outra Estação, que foram editados originalmente em CD, foram adaptados ao formato. Os discos anteriores, que na época já saíram em vinil, serão editados novamente desta forma, mas trazendo capas duplas, fotos e textos inéditos. Os preços variam entre R$120 e R$190.

Os ex-integrantes do grupo ficaram entusiasmados com as novidades. Em comunicado oficial, Dado Villa Lobos comentou que "é a volta do que nunca deveria ter ido, só que agora em grande estilo. As edições têm fotos extraordinárias, que trazem grandes lembranças e colocam a banda em seu devido lugar".
"Sem desmerecer a revolução que a tecnologia digital vem causando na maneira de se lidar com a música, acho que muita gente ficará feliz se puder simplesmente ouvir um disco em sua vitrola", afirmou Marcelo Bonfá a respeito dos vinis.
Disco a Disco, por Dado e Marcelo
Legião

Dado Villa-Lobos

“A história da nossa adolescência estava ali. O disco traduz o momento que o país vivia: a redemocratização. Estávamos aprendendo a lidar com tantas novidades.”

Marcelo Bonfá

“A gente brigou com vários produtores porque eles queriam que a gente fizesse um som que achavam que a gente sabia como era, mas a gente não sabia! Só sabíamos fazer punk-rock!”

Dois

Dado Villa-Lobos

“No dois rolou aquela sensação que bate no 2º álbum: o que vamos fazer agora? Vamos ser um grupo de rock mesmo? Vamos continuar nesse caminho?”

Marcelo Bonfá

“Foi complicado. Eu estava morando sozinho no Rio e comecei a entrar em parafuso. Tinha uma pressão forte externa e uma pressão minha. Acho que foi um dos que mais vendeu. Mas foi um parto.”

Que país é esse?
Dado Villa-Lobos
“O grupo estava querendo fazer canções novas naquela época, mas a gente tinha que lançar um disco novo e acabou sendo muito divertido regravar coisas do aborto elétrico.”
Marcelo Bonfá
“Gostávamos muito das músicas, elas são responsáveis pelo que fazemos até hoje. A preocupação ali era a sonoridade. Por isso acho que este disco, em termos de sonoridade, é o melhor de todos.”
As 4 estações

Dado Villa-Lobos

“O sucesso anterior de ‘Que país é este’ nos deu tempo para gravarmos de uma maneira e por um caminho diferente do que havíamos feito antes. Ele é mais espiritual, menos material, menos urgente.”

Marcelo Bonfá

“Tivemos muitos problemas com o (baixista) Renato Rocha. Ele esquecia o baixo, chegava atrasado. Eu e o Renato Russo achamos o momento de afastá-lo. A gente nunca se entendeu.”
V

Dado Villa-Lobos

“Foi feito na época do Collor que agora, infelizmente, está de volta à cena política. Era um momento esquisito, havia um sentimento de revolta geral. Por isso o disco tem uma certa raiva nas canções.”

Marcelo Bonfá

“Já estávamos escravos da tecnologia. Ficava todo mundo dentro do estúdio com fones de ouvido. Sentamos todos na mesma sala e o disco foi todo feito assim.”

O descobrimento do Brasil

Dado Villa-Lobos

“A gente tinha chegado à conclusão de que iria fazer canções com um formato mais pop. A ideia era pensar em vários ‘singles’, mas sempre tratando de questões importantes.”

Marcelo Bonfá
“Me lembro da gravação do vídeo da música título. A gente foi pro rio gravar o clipe e foi uma produção super legal, com figurinos e tudo mais, como a gente nunca tinha feito.”

A tempestade

Dado Villa-Lobos

“Foi quase um disco de despedida, apesar de isso não ter sido percebido durante a feitura. Hoje a gente consegue ver, depois que tudo já passou. Foi um disco difícil, mas está aí.”

Marcelo Bonfá

“A gente já falava com o Renato mais pelo telefone do estúdio. Foi complicado, ele já não estava bem e a gente sabia que precisava tocar o barco. Era a melhor coisa a fazer para ele e pela gente.”

Uma outra Estação
Dado Villa-Lobos
“É um projeto póstumo, o Renato ja não estava mais entre nós. E era um disco meio urgente pra fechar tudo aquilo que foi a Legião Urbana, a produção musical no estúdio.”

Marcelo Bonfá

“O melhor de nós nesse projeto. De fato, ‘Uma outra estação’ foi o último disco. Apesar de as músicas gravadas nele serem belíssimas, é um álbum realmente muito triste.”

Fonte: Rolling Stone e Jornalista 292

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