Em 1975, Lou Reed lançou Metal Music Machine. O disco trazia distorções e barulhos esquisitos que arrepiaram até os cabelos dos críticos mais vanguardistas.
Dizem que, na época, Reed estava se desligando de sua gravadora e entregou a tortura sonora só como obrigação contratual.
Por outro lado, o cantor rebate a história e afirma que o trabalho é importante e influenciou estilos como o punk e o eletrônico.
O fato é que este ano o polêmico álbum foi relançado em vinil e CD. Além disso, o cantor de 68 anos montou o Metal Machine Trio (MM3), para excursionar mostrando improvisos baseados na obra.
Sendo assim, a terceira vinda de Lou Reed ao Brasil foi marcada pelos barulhos infernais do Metal Machine na Mostra Sesc das Artes 2010.
Com ingressos esgotados para dois dias (20 e 21) no Sesc Pinheiros, em São Paulo, a trinca barulhenta matou a curiosidade dos fãs e assustou alguns desavisados que achavam que veriam um show “normal” do ex-líder do Velvet Underground.
Com ingressos esgotados para dois dias (20 e 21) no Sesc Pinheiros, em São Paulo, a trinca barulhenta matou a curiosidade dos fãs e assustou alguns desavisados que achavam que veriam um show “normal” do ex-líder do Velvet Underground.
Neste sábado (20), Reed subiu ao palco ao lado de quatro guitarras ligadas e encostadas em um pequeno muro de amplificadores. Enquanto a microfonia desentupia os ouvidos da plateia, o avô do punk sentou em torno de máquinas com efeitos sonoros, empunhou uma outra guitarra e seguiu viagem acompanhado pelo saxofonista Ulrich Krieger e pelo tecladista e programador Sarth Calhoun.
Desta forma, passaram-se cerca de 40 minutos de pandemônio sonoro, com pouquíssimas intervenções do compositor balbuciando algumas palavras.
Uma fã perdeu a paciência e xingou o ídolo antes de abandonar o local, depois de uns 15 minutos “de espera”. Mas os incomodados foram poucos, porque a maioria dos pagantes sabia o que esperava.
Fonte: R7 (texto integral de Daniel Vaughan ) e YouTube
No final, Lou Reed caminhou até a beira do palco, agradeceu a todos e chegou a arriscar um som do Velvet Underground, I'll Be Your Mirror. Um show surreal.
Fonte: R7 (texto integral de Daniel Vaughan ) e YouTube
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