Palco grandioso, efeitos especiais, passarelas dando acesso a palcos menores, chuva de borboletas de papel, balões gigantes voando sobre o público, fogos de artifício... Depois de 12 anos de carreira, o Coldplay montou uma turnê que pode ser chamada de grandiosa em todos os sentidos. Bem diferente da apresentação no Rio de Janeiro em 2003, Chris Martin, Jon Buckland, Guy Berryman e Will Champion mostraram um show com toda a pompa - e nem por isso melhor - das "grandes" bandas de rock. Não à toa, minutos antes do show começar, os alto falantes tocavam, em alto e bom som, "Magnificent", do último álbum do U2. Atualmente é difícil imaginar um show do Coldplay no Citibank Hall (local em que a banda se apresentou em 2003). O show de ontem, na Praça da Apoteose, foi para ninguém botar (quase nenhum) defeito. Do generoso set list de 23 canções a todos os efeitos acima listados, o Coldplay fez valer o preço do (caro) ingresso. A banda ainda se deu ao luxo de deixar "Trouble" e "Speed of sound", dois de seus maiores sucessos, de fora. E parece que ninguém deu por falta. Assim como também ninguém pareceu se importar com a chuva chata que caiu durante quase toda a apresentação.
A introdução com a valsa "Danúbio azul", de Johann Strauss II, foi a deixa para os quatro integrantes a banda subirem ao palco com aquelas "estrelinhas" de festa junina ao som de "Life in technicolor". O efeito já mostrou que o show iria além da música. E música foi o que não faltou no show. Todos os álbuns da banda foram privilegiados e a plateia não teve do que reclamar, principalmente quando Chris Martin se sentou para atacar no piano "Clocks", faixa do álbum "A rush of blood to the head" (2001). E a continuação com "In my place" e "Yellow" (esta com uma pletora de "originais" balões amarelos sobre o público), ainda no início do show, fez com que a banda já ganhasse a plateia de cara.
Mas não foi só de antigos sucessos que o repertório do show foi centrado. Pelo contrário. O Coldplay aproveitou bem as canções de "Viva la vida or death and all his friends" (2006) no set list. E canções como "42", "Lost!", "Strawberry swing" e "Death and all his friends" foram muito bem recebidas - e devidamente cantadas pelos fãs. Até os momentos acústicos não criaram tanta dispersão, como nas músicas "God put a smile upon your face", "The hardest part" e a inédita (e mediana) "Don Quixote". E ainda teve espaço para "Shiver", pouco executada pela banda na atual turnê, e grande surpresa da noite. Apesar da grandiosidade do novo show, o Coldplay ainda sabe soar íntimo como em 2003.
Aliás, a banda inglesa se mostrou muito mais íntima do palco nessa nova turnê. Assim como o álbum "Viva la vida or death and all his friends" já mostrava um encaminhamento diferente na carreira do conjunto, esse novo show comprovou ainda mais que o Coldplay quer ser visto como uma "banda de arena". Mesmo transitando entre diferentes palcos - em dado momento, os integrantes cruzaram a pista VIP para chegar a um palco menor - o show não perdeu o pique. Chris Martin se mostrou extremamente simpático ao falar diversas frases em (razoável) português, e colocar uma bandeira do Brasil no pedestal de seu microfone.
No decorrer da apresentação, o Coldplay ainda puxou da manga sucessos como "Viva la vida", "Politik" e "The scientist", até o final com "Life in technicolor ii" (uma das melhores canções do conjunto), com direito a uma queima de fogos com mais fumaça do que luz. Mesmo debaixo de chuva, o público saiu feliz. E com a certeza de que um DVD dessa turnê será muito bem-vindo.
+++++
O repertório do show do Coldplay na Praça da Apoteose (Rio de Janeiro) foi o seguinte:
1. "Life in technicolor"
2. "Violet hill"
3. "Clocks"
4. "In my place"
5. "Yellow"
6. "Glass of water"
7. "42"
8. "Fix you"
9. "Strawberry swing"
10. "God put a smile upon your face"
11. "Talk"
12. "The hardest part"
13. "Postcards from far away"
14. "Viva la vida"
15. "Lost!"
16. "Shiver"
17. "Death will never conquer"
18. "Don Quixote"
19. "Politik"
20. "Lovers in Japan"
21. "Death and all his friends"
22. "The scientist"
23. "Life in technicolor ii"
+++++
Lamentável o ocorrido durante a canção "The hardest part", na pista VIP, logo abaixo do telão do lado esquerdo (de quem olha para o palco). Uma discussão entre dois brigões terminou em troca de socos e pontapés, e uma imensa roda se formou, colocando em risco a segurança das pessoas que desembolsaram quinhentas pratas, para assistir ao show com mais conforto.
Mais lamentável ainda foi a segurança do evento, organizado pela empresa "Time For Fun". Os dois homens trocaram socos durante mais de um minuto sem um segurança aparecer para apartá-los. Quando os dois já estavam rolando no chão, aí sim, dois seguranças (que pareciam estrangeiros) pularam a grade entre o palco e a plateia para expulsar os brigões. E, pelo jeito, tudo fica por isso mesmo: o público brasileiro, como sempre, tratado como gado. Os fãs que querem assistir ao show com mais conforto acabam no meio de pancadaria por falta de segurança. A "Time For Fun" deveria se preocupar com o bem estar do público da mesma forma que se preocupa em cobrar as verdadeiras fortunas que cobra pelos seus ingressos.
Mas não foi só de antigos sucessos que o repertório do show foi centrado. Pelo contrário. O Coldplay aproveitou bem as canções de "Viva la vida or death and all his friends" (2006) no set list. E canções como "42", "Lost!", "Strawberry swing" e "Death and all his friends" foram muito bem recebidas - e devidamente cantadas pelos fãs. Até os momentos acústicos não criaram tanta dispersão, como nas músicas "God put a smile upon your face", "The hardest part" e a inédita (e mediana) "Don Quixote". E ainda teve espaço para "Shiver", pouco executada pela banda na atual turnê, e grande surpresa da noite. Apesar da grandiosidade do novo show, o Coldplay ainda sabe soar íntimo como em 2003.
Aliás, a banda inglesa se mostrou muito mais íntima do palco nessa nova turnê. Assim como o álbum "Viva la vida or death and all his friends" já mostrava um encaminhamento diferente na carreira do conjunto, esse novo show comprovou ainda mais que o Coldplay quer ser visto como uma "banda de arena". Mesmo transitando entre diferentes palcos - em dado momento, os integrantes cruzaram a pista VIP para chegar a um palco menor - o show não perdeu o pique. Chris Martin se mostrou extremamente simpático ao falar diversas frases em (razoável) português, e colocar uma bandeira do Brasil no pedestal de seu microfone.
No decorrer da apresentação, o Coldplay ainda puxou da manga sucessos como "Viva la vida", "Politik" e "The scientist", até o final com "Life in technicolor ii" (uma das melhores canções do conjunto), com direito a uma queima de fogos com mais fumaça do que luz. Mesmo debaixo de chuva, o público saiu feliz. E com a certeza de que um DVD dessa turnê será muito bem-vindo.
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O repertório do show do Coldplay na Praça da Apoteose (Rio de Janeiro) foi o seguinte:
1. "Life in technicolor"
2. "Violet hill"
3. "Clocks"
4. "In my place"
5. "Yellow"
6. "Glass of water"
7. "42"
8. "Fix you"
9. "Strawberry swing"
10. "God put a smile upon your face"
11. "Talk"
12. "The hardest part"
13. "Postcards from far away"
14. "Viva la vida"
15. "Lost!"
16. "Shiver"
17. "Death will never conquer"
18. "Don Quixote"
19. "Politik"
20. "Lovers in Japan"
21. "Death and all his friends"
22. "The scientist"
23. "Life in technicolor ii"
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Lamentável o ocorrido durante a canção "The hardest part", na pista VIP, logo abaixo do telão do lado esquerdo (de quem olha para o palco). Uma discussão entre dois brigões terminou em troca de socos e pontapés, e uma imensa roda se formou, colocando em risco a segurança das pessoas que desembolsaram quinhentas pratas, para assistir ao show com mais conforto.
Mais lamentável ainda foi a segurança do evento, organizado pela empresa "Time For Fun". Os dois homens trocaram socos durante mais de um minuto sem um segurança aparecer para apartá-los. Quando os dois já estavam rolando no chão, aí sim, dois seguranças (que pareciam estrangeiros) pularam a grade entre o palco e a plateia para expulsar os brigões. E, pelo jeito, tudo fica por isso mesmo: o público brasileiro, como sempre, tratado como gado. Os fãs que querem assistir ao show com mais conforto acabam no meio de pancadaria por falta de segurança. A "Time For Fun" deveria se preocupar com o bem estar do público da mesma forma que se preocupa em cobrar as verdadeiras fortunas que cobra pelos seus ingressos.
Fonte: Texto integral Esquina da Música.
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